1. 1.O
processo de colonização levou à extinção de muitas sociedades indígenas que
viviam no território dominado, seja por meio das guerras, seja em consequência
do contágio por doenças trazidas dos países distantes como a gripe, o sarampo e
a varíola, ou pela imposição aos índios à nova maneira de viver. É equivoco
pensar que de pronto os índios foram escravizados, mas ao contrário dos
escravos mantiveram “acordos” de troca de bens até os portugueses terem
controle total das terras. Sem poder enfrentar os portugueses na guerra e não
querendo conviver pacificamente com eles, muitos indígenas resolveram fugiam
para o interior na tentativa de manter seu modo de vida. Apesar disso, muitos
desses índios acabaram aprisionados e transformados em escravos.
2. 2. A
dupla rentabilidade escrava baseava-se nas duas funções econômicas que o
escravo tinha de promover dinheiro, seja pela promoção de seu oficio, já que a
mão de obra não assalariada não gerava custos ao senhor ou pelo comercio humano
destes mesmos que eram vendidos a tal preço conforme a rentabilidade.
3.
.
Quase que unanimemente compostas por negros, as
comunidades quilombolas surgiram entre os séculos 16 e 19 durante escravidão,
quando os quilombos eram refúgios de escravos fugidos da violência e da
opressão de seus senhores. Com medo de serem recapturados, os escravos se
forçaram a viver isolados, em regiões de difícil acesso, e de maneira
autossuficiente. A lógica do isolamento prosseguiu depois da abolição da
escravidão, quando muitos quilombos optaram por permanecer como povoados, e
seguem até hoje. Foi apenas com a Constituição Federal de 1988 que os
moradores dos quilombos se transformaram em quilombolas e foram reconhecidos como comunidades
tradicionais, com direito à propriedade e ao uso da terra ocupada. Mas no papel
o direito permanece, já que estas comunidades sofrem com a extrema pobreza e
falta de recursos, com grandes genocídios e invasões dos fazendeiros. Os
quilombolas têm menos acesso aos serviços básicos, como saneamento e energia
elétrica, que o restante da população, segundo o relatório: 48,7% deles vivem
em casas com piso de terra batida, 55,21% não têm água encanada, 33,06% não têm
banheiro e 15,07% possui esgoto a céu aberto. Ao todo, 79,29% têm energia
elétrica. 24,81% deles não sabem ler. A taxa de analfabetismo no país é de
9,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD).
3.